quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Ser mestre

A palavra mestre nos remete para alguns lugares, pensamentos, sonhos e realidade.
Quando chamamos alguém de mestre é que entendemos ser ela uma pessoa detentora do conhecimento e disposta a transmiti-lo.
O mais interessante é que muitas pessoas detém o conhecimento, mas, por egoísmo, mesquinhez e pobreza de espírito, guardam consigo e levam todos ao túmulo.
O mestre não.
O mestre está disposto a passar tudo que sabe aos seus discípulos sabendo que quanto mais transmite, mais angaria também.
Acredito que tive poucos professores.
Em verdade tive muitos mestres.
Tenho boas lembranças de alguns mestres meus.
Dona Eva, que na simplicidade de uma dona de casa, foi para a Escola Domingos Sávio transmitir o pouco que sabia de conhecimentos pedagógicos, embora fosse uma doutora nos conhecimentos da vida.
Professora Auxiliadora, no Colégio Castelo Branco – quando ainda era reverenciado o seu patrono e não o desenho esdrúxulo de um castelo – que, com sua voz rouca nos transmitia os conhecimentos dos livros e da vida.
Professor Pedro Tavares Batalha, com sua “careca” reluzente e seu modo de falar, cuspindo a todos que estavam próximos, sabia o que estava dizendo e tinha prazer no que estava fazendo.
Tive vários outros mestres, Professor Lourival Chagas, Amizael Silva, Abnael Machado, Rogério Rocha, Cezar Nunes, Raimundo Nonato e outros muito bons.
Bons ao ponto de serem até certo ponto rudes para poder mostrar o caminho a ser seguido.
Não posso esquecer minha melhor professora. Dona Maturina Cavalcante Silva que muito antes de ser professora e diretora da Escola Domingos Sávio, já em casa, me ensinava o “beabá”.
Tive mestras como Odaléia Sadeck, Ermelinda, Estela Compasso, Estela Paz, Edna Granjeiro, Aleluia, Dona Babá, Amélia Borges, Flora Calheiros e outras mais.
Putz!
Estava esquecendo uma onça.
Uma mestra valente como uma onça, bruta como uma pedra e dedicada como uma fada.
Professora Aurélia que na sua “ranzinzasse” conseguia mostrar o caminho das pedras aos seus alunos.
Tive outros mestres que não estavam na cátedra.
Tive mestres que me ensinaram a viver como um homem de bem.
Tive o “velho” Orlando Pereira da Silva.
Tive seu Hugo, Cirilo Arruda, Ireno, Capitão Esron de Menezes, Neves Dantas.
Tive um mestre em especial para ser o homem que me considero hoje. Nada mais nada menos do que Sebastião Ferreira dos Santos que para quem o conhece, sabe do que estou falando.
Cada um, entre um cocorote e outro, me ensinou alguma coisa da vida.
Reverencio aqui também alguns mestres que embora lembrando suas fisionomias e seis trejeitos não consigo lembrar o nome.
Hoje existe uma inversão de valores.
Já não vemos o respeito pelos mestres.
O aluno faz o que quer...
Pode ser por falta de “onças” que nos tempos idos tinham moral com os alunos, com os pais, com os seus pares e com a sociedade.
Tenho a grata satisfação de ser professor, desde os dezesseis anos, quando na Escola Duque de Caxias, juntamente com o Victor Sadeck, nos propusemos a alfabetizar alguns soldados do 5º BEC.
Tenho orgulho de encontrar muitos alunos e ver o respeito e o nível que franqueiam a mim.
Tenho satisfação de ser seu mestre e aluno. Com você aprendi muito sobre a vida e sei que pude transmitir alguns conhecimentos.
Tenho um grande orgulho de ser chamado de MESTRE.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Minh’alma

Nas brincadeiras das redes sociais, sempre aparece alguém pedindo para ser definido pelos seus amigos.
Resolvi também assim fazer e recebi algo simplesmente lindo, completo e que me define de ”A” a “Z”.
Acredito que é oportuno compartilhar, pois nem eu mesmo consigo me ver tanto quanto alguém consegue ver dentro do meu eu.
Existem pessoas que conseguem como os “olhos de tandera” ver além do alcance e vão mais longe.
Acredito que fui definido além do visto pelos olhos, fui visto “apenas” pelo coração.

Simplesmente Você
Afável, aventureiro, amoroso.
Beijoqueiro quando deseja impressionar e possui um brilho no olhar, que acende a luz da alma.
Carinhoso, cavalheiro que causa um calor intenso, provocado pelo toque das suas mãos.
Dominador nato que sabe a forma e a hora certa de atacar sua presa.
Esperto como uma águia que de longe observa e monta a sua estratégia para alcançar seus objetivos.
Felicidade é o seu lema.
Generoso, está sempre disposto a ajudar.
Homem com tamanha sabedoria atrai olhares e desperta desejos.
Iluminado com extrema capacidade de guiar a quem precisar.
Jovem maduro com ar de menino.
Leal com seus princípios.
Moleque travesso com um jeito simples de amar.
Namorador por vocação.
Orgulhoso com os feitos de sua prole.
Pai amoroso, zeloso e protetor.
Querido por todos que sabem dar o seu devido valor.
Único na sua forma de amar.
Valente, destemido, que enfrenta o perigo para proteger a quem necessitar.
Xará de muitos, mas singular no seu modo de ser.
Zangado ao extremo quando algo lhe desagrada.

Brincadeiras à parte faltaram as letras “K”, “W” e “Y”, porém eu poderia completar que tenho know-how na arte de amar a pessoa especial, vou até mil wolts ao quando instigado nas coisas do coração e, por fim, minhas reações ao amar, são uma incógnita.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Depois que eu me chamar saudade...

No último dia sete de setembro, completei meus 57 anos – por sinal, bem vividos e saboreados dia a dia, com muito prazer, obrigado.
Recebi felicitações de muitos amigos que eu já esperava, de pessoas que eu jamais imaginaria que me reverenciariam.
Pena que de muitos que eu esperava, pelo menos, um alô, não recebi nada.
A vida é interessante, ou melhor, é muito interessante quando vemos que pessoas ao seu lado, pouca importância dão a você.
Sou um curioso e fanático pela leitura.
William Shakespeare, em “O Menestrel”, retrata praticamente tudo que vivi na minha trajetória de vida e o que estou vivendo.
Já acorrentei almas, no lugar de “saborear” com as mãos a pessoa.
Já perdi amores – se é que se perde algo que você nunca teve – por amar demais e me entregar por inteiro.
Já degustei do prazer de confiar e ser confiado por alguém.
Já vociferei palavras que por uma ira momentânea, me arrependo amargamente até hoje.
Também já balbuciei palavras que tiveram como paga um sorriso ou um simples encostar de cabeça em meu ombro em um gesto de agradecimento.
Já perdi a oportunidade de viver um sonho por simplesmente não querer ouvir “eu te amo”.
Vejo que pessoas nos querem por perto, muito mais para satisfazê-las do que por amor.
Vejo que muitos preferem pedir que agradecer.
Ouço muito falar de homenagem póstuma.
De que serve tal homenagem se o homenageado não ira saber nunca que foi querido?
Não tragam flores, velas, palmas, choros, desmaios e “ele era gente boa” se eu não estiver a ouvir, a ver ou não tiver mais como saboreia tais atitudes.
Não me venham com homenagens póstumas.
Fale que sou gente boa agora.
Fale que me ama agora.
Fale que meu cheiro é agradável, que sou um grande amigo, um cidadão honrado e um amigo agora, enquanto eu estiver presente.
Fale que fui bom filho e excelente pai agora.
Não adianta vir chorar no meu caixão, quero ser “paparicado” agora.
Quero ouvir a gargalhada de meus netos agora.
Quero sentir o abraço de meus filhos agora.
Ainda citando Shakespeare, quero lhes dizer que, “só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.”
Acho que ele escreveu para mim tal passagem.
Posso até não demonstrar com palavras como eu amo, porém, demonstro com atos, com sorrisos, com afeto, com a minha oração no início e no final do dia em que peço por todos.
Não sei se é Deus, Javé, Alá, Buda, Sol, Maomé ou outra força qualquer. Acredito que alguém nos rege e para “Esse alguém” é que profetizo minha fé.
Faça por mim agora e não quando eu me chamar saudade.
Não quero flores...
Quero a vida vivida com amigos...
Quero amigos para sorrir, brincar e amar.
Quero filhos para educar e ensinar.
Quero pessoas para amar.
De nada adianta dizer que eu era um grande amigo e que tinha um bom coração se eu não puder ouvir e poder sorrir.
Quero festa agora.
Não adianta um banquete, flores, musicas e badalações se o homenageado não estiver presente para poder ver o quão é considerado bom.
Quero ser reconhecido com o “cara legal” agora, em vida.
É maravilhoso é poder ouvir um “eu te quero”, “eu te amo”, “você é importante para mim”, “obrigado”, “vem, deita no meu colo e chora”, “adorei estar com você, “sabia que você faz falta”, “onde vamos”, “poxa, foi sem querer”, “te amo pai”, “te amo filho”, “por você faço tudo que puder, e tento fazer também o que não puder” e assim vai.
Quero ouvir palavras amorosas e também dizer coisas boas, pois o hoje pode ser a última vez que nos vejamos.
Sorria comigo que vou sorrir contigo.
Chore comigo que vou chorar contigo e ainda, enxugar suas lágrimas.
O tempo perdido que algo que jamais poderemos reconquistar.
Não me venha com homenagens póstumas, pois depois, que me chamar saudade...
Nada mais irá me interessar.














terça-feira, 1 de setembro de 2015

Cecília

Tive o grato prazer de conhecer uma menininha muito charmosa, emburradinha, zangada e inteligente.
É a Cecília, filha do Erique e da Arlene, mais conhecida como Luca, que são parentes de Dona Lourdinha.
Desde novinha, embora ainda esteja com menos de dois anos, me acostumei a ver suas graças, trejeitos, cara feia e tiradas geniais.
Tive o grande prazer de ter sido convidado para ser padrinho de tal criaturinha.
Embora já tivesse prometido não mais ser padrinho de qualquer criança, pelo charme que a Cecília tem e pelo jeitão de emburradinha, aceitei na hora ser seu padrinho.
Participei de parte das reuniões para o curso – embora não entenda o motivo de tanto curso para ser padrinho. Acredito que se fizermos um curso já é suficiente, bastaria receber um certificado e valer para todos os outros.
Embora tenha sido criado seguindo os preceitos da Igreja Católica, nunca fui um “papa hóstia” e hoje não sou mais aquele praticante, se é que para ser católico praticante tenha que viver enfurnado dentro de uma igreja.
Ao meu entender, para ser um católico ou apenas cristão eu devo seguir os preceitos que ditam as normas da Santa Madre Igreja.
Se assim for, sou católico praticante, pois pratico a religião, não dentro de um tempo, mas dentro do que rege meu jeito de ser.
Se não estou errado, em Mateus 18:20 é dito “...porquanto, onde se reunirem dois ou três em meu Nome, ali Eu estarei no meio deles”.
Não vem ao caso agora tal polêmica.
No domingo passado, dia 30 de agosto “#partiubatizado” embora com uma ressaca de fazer inveja.
E pra lá fui, na Igreja de São Luiz Gonzaga, por sinal, uma igreja muito bonita, bem cuidada e com um charme especial, para batizar a “fera”.
Na chegada já notei a diferença do tratamento pois fomos recebidos por duas senhoras, muito educadas, que nos deram boas vindas.
Ao iniciar a missa, alguns momentos foram dedicados para o batizado e confesso que fiquei apreensivo com o “show” que nossa amiginha poderia dar, pois tinham alguns momentos diferentes dos batizados tradicionais que já participei, ou como pai, ou como padrinho.
O Sermão, muito bem lido e explicado pelo sacerdote, também nos leva a Mateus, quando cita a passagem dos fariseus questionando sobre a limpeza das mãos dos discípulos e tiveram a resposta de que “não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem”.
Vi ali que não estou dentre os piores cristãos.
Entendo que o batizado é um dos sacramentos da igreja católica que considero mais bonito.
Mais bonito ficou da forma que foi conduzido pelo sacerdote, apresentando a criança, levantando-a e mostrando-a aos presentes (basta imaginar a cena do rei leão, quando apresenta seu primogênito a todos).
Cecília, muito arteira, não parava no lugar um minuto pois era um show à parte. No colo de um e de outro, quando não estava tentando subir ao altar, procurando “papaizinho”, “mamãezinha”, “vovozinha” ou “maninho”.
Tinha ainda a tia Lourdinha e o tio Orlando.
Tive que usar toda minha psicologia infantil – não aquela utilizada por Dona Maturina, que era uma palmatória – psicologia mesmo, tradicional e acadêmica para manter nossa afilhada comportada, sem aprontar demais.
Passo a passo, cada rito era precedido por um bom papo para convencer “Dona Cecília” a aceitar, sem chamar o padre de “carniça”.
Na hora da pia batismal, tive que dizer que ela tinha de molhar a cabeça, para poder ir comigo para a piscina.
Quando foi o momento dos óleos perfumados, inventei que era para se bronzear e ir para a piscina.
Na hora do sal, inventei que era para o almoço...
E assim conseguimos batizar a linda Cecília.
Por muitas vezes, me pequei com algumas lagrimas teimosas escorrerem pelo canto dos olhos – malditos ninjas cortadores de cebola – de tanto emocionado que eu estava, vi ali o batizado dos meus filhos.
Vi ali a beleza e a firmeza de termos um norte para seguirmos, não importando se é Jesus Cristo, Buda, Javé, Maomé, o sol ou qualquer outro ser que nos guie.
O importante é termos a quem recorrer para mais agradecer que pedir.
Fui uma celebração impar, digna de uma criança como Cecília, ou simplesmente Ceci pra os íntimos.




Um circo chamado Brasil

Sempre digo, e repito, o circo é mágico.
Desde pequeno que sempre fui fascinado em circo.
Outro dia, soube que Dona Lourdinha, nunca tinha ido ao circo e comentando em uma roda de amigos, descobri que o Andrinho também jamais tinha pisado na grama sob uma lona.
Para satisfazer a curiosidade de ambos, eu e Dona Iva, esposa do Andrinho, levamos as “feras” para assistir um espetáculo circense.
O circo era pequeno, sem grande estrutura, com apenas um trapézio, poucos palhaços – embora muito bons – e mais algumas parcas atrações.
Quando relembro do circo, sempre é com carinho, ternura, admiração e respeito pelas pessoas que trabalham no espetáculo.
Eu era fã, quando criança, de ir ver a montagem da estrutura circense e me peguei, muitas vezes, sonhando em fugir com aquela trupe, sem destino, ou melhor, deixando que o destino me levasse cada dia para um local diferente.
Hoje as pessoas, com a atual conjuntura que vive nosso Brasil, ficam a comparar a “Pátria de Cabral” com um circo.
Não acho justo.
Não é justo comparar uma situação de desorganização com o circo visto que nele, há organização, há comando, há respeito e também, com o pouco que possuem, há satisfação.
No circo, existe respeito entre os pares e ninguém quer levar vantagem sobre o outro, pois ali existe uma família “de sangue” e “de amizade”.
Quando os circos podiam ter animais, não víamos faltar comida para eles.
Nunca vi gritos de desrespeito entre os trabalhadores do circo, quando de sua montagem.
É um trabalho de equipe em que a força para erguer a lona é dividida entre todos, não tendo um que trabalhar mais do que o outro.
Existe a organização do espetáculo e cada um sabe o que fazer, não havendo interrupção do trabalho de um, para beneficiar outro.
No circo existe confiança.
A trapezista ao soltar seus pés de um lugar qualquer sabe e tem confiança de que o colega a pegará pelos braços, não deixando que a mesma venha a cair.
O palhaço, pintando seu rosto é apenas para dar alegria para os espectadores e não para se esconder com o objetivo de destruir o próprio público ou de terceiros.
No circo, apenas uma pessoa manda e comanda sem a necessidade de ter que barganhar sua autoridade com terceiros descompromissados com o espetáculo.
Quando o circo chega a qualquer cidade, vai buscar autorização para se instalar, sem que assim haja desrespeito com as autoridades constituídas.
Muitas vezes, vejo e ouço alguém dizer que somos tratados como palhaços por nossos governantes.
No circo o termo palhaço é usado para denominar alguém rico em sonhos, em alegria, com objetivo de transmitir confiança para as crianças e levar os mais velhos de volta para suas infâncias.
Pena que no circo chamado de Brasil, estão nos tratando de forma errada.
Estão nos fazendo de palhaços e deturpando assim um termo tão bonito que é a palavra palhaço.
Que, um dia, possamos comparar o Brasil com um circo na melhor acepção da palavra: um lugar onde haja comando, respeito, dignidade, ternura, carinho e confiança.
Então eu terei o enorme prazer de ser chamado de palhaço.







Apaixonados

Dizem que uma mulher apaixonada é cega, surda, muda e burra.
Discordo em todos os sentidos.
Uma mulher apaixonada é simplesmente apaixonante e o homem apaixonado se perde nos seus encantos, ternura, sorrisos e também, suas lágrimas.
A mulher apaixonada, simplesmente apaixona o homem que ela tem, simplesmente, seu homem.
Ela é divertida e consegue com seus intentos, fazer o homem cair de amores por ela que, acima de tudo, sabe divertir… Ela consegue enxergar um lado bom em todas as coisas para divertir seu amado e ainda, acima de tudo, consegue resolver os problemas do relacionamento com bom humor – nem sempre, claro!
Uma mulher apaixonada consegue fazer o homem se sentir bem ao seu lado e, se possível fosse ficar, não sairia o homem nunca do lado delas, jamais.
O homem aprecia a sua energia, o seu sorriso, a sua forma carinhosa de ser, o seu jeito gostoso de levar a vida, de resolver os problemas da casa, da vida e do amor.
Uma mulher apaixonada é fácil de conviver com seu homem também apaixonado e com ele pode se divertir em todas as situações, transformando pequenos os parcos momentos em grande aventura com sorrisos, choros, beijos, abraços, chamegos e..., deixa pra lá o resto.
Ela é mais do que tudo, é amiga, confidente, amante, aluna e professora em uma só pessoa e tem potencial para mais.
A mulher apaixonada é uma mulher confiante em seu taco, que se curte do jeito que é, se gosta e se olha no espelho sem medo, se diverte com seus defeitos levando-os na perfeita brincadeira, conhece as suas qualidades – e diga-se de passagem que são muitas e é mais ela… é um prato cheio, na perfeita expressão da palavra.
O homem apaixonado se sente extremamente atraído por esse tipo de mulher, e que mulher...
Ela tem seus mistérios, porta do banheiro sempre fechada, não se entrega seus “pequenos segredos” deixando a critério da imaginação do seu homem o que está acontecendo e ele fica a todo tempo buscando desvendar tais mistérios.
Ela é o tipo de mulher que ganha a admiração de seu homem que adora exibir para os amigos aquela mulher inteligente, destemida, com desenvoltura sabe conversar sobre tudo, tem opiniões próprias e que impressiona com as suas opiniões firmes e que tem a humildade de perguntar aquilo que não sabe, podendo até ser mesmo sobre o código de barras de um caixa eletrônico.
O homem apaixonado se sente orgulhoso por ter ao seu lado uma mulher inteligente e considera que foi a sua melhor escolha do mundo.
O home apaixonado vai sempre adorar estar ao lado de uma mulher apaixonada e poder sair com ela para todos os lugares e mostrar para todo mundo quem está ao seu lado, nas horas tristes e nas horas alegres com aquele sorrizão no rosto, com a ternura de uma criança para dizer apenas, te amo.

Uma mulher apaixonada tem seu homem apaixonado, sendo, um para o outro, o vício e cura.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Um coração aflito

(Nenhuma caminhada é longa se o objetivo é alcançado)
Um dia se ter nem por que o coração estava apertado, angustiado.
A princípio poderia ser apenas impressão... ou não!
Fato é que parecia que não havia espaço suficiente no peito doía de tal forma, que a respiração era prejudicada.
De repente vinha uma vontade súbita de chorar, talvez, na ânsia de aliviar tamanha dor ou quem sabe angustia por não entender o real motivo, mas, as lágrimas insistiam em fincar guardas e um nó na garganta atrapalhava a possibilidade de tentar ao menos ir à busca de alguém que pudesse ajudar a resolver, mesmo que momentaneamente, esse coração aflito.
Eis que der repente, sem ao menos que esse coração se desse conta, havia alguém disposto a ouvir-lhe de forma despretensiosa, de oferecer-lhe um ombro amigo sem desejar algo em troca.
Assim esse pobre coitado, de tão fragilizado aceitou tamanha oferta, pois lhe parecia que havia encontrado pelo menos uma forma de aliviar seu peito.
O lugar do desabafo, ou melhor, da conversa amiga, das risadas de algumas bobagens ditas sem ao menos pensar nas consequências, foi uma pracinha, visitada por poucos, e por alguns que simplesmente passavam.
Sob a luz da lua, as horas passaram tão rápido que o coração aflito, nem sequer percebeu que já não sentia dor, que já estava aliviado.
Foi então, em meio a alguns devaneios, que percebeu que foi enganado várias vezes.
Primeiro pelo coração, pois não era dor, mas o vazio causado pela solidão, segundo que ajuda não era despretensiosa, pois havia por traz daquele gesto, desejos insanos de uma nova conquista e depois, que o ombro amigo, era apenas uma forma de aproximação, pois experiente como era o tal amigo, poderia em meio a conversas jogadas ao vento e com palavras bonitas ditas no momento certo, jogar a isca.
Tal atitude servira exatamente para que aquele coração, supostamente aflito, num momento de descuido, lhe desse as condições necessárias para arrancar-lhe um beijo que lhe deixaria com vontade de repetí-lo outras vezes.
E quarto, não menos importante, o engano de que um simples beijo roubado e que serviria apenas de desculpa para uma noite de amor e nada mais, se tornou o principal responsável pelo primeiro palpitar de uma paixão que dia após dia, tomaria conta de seu ser.
De tal forma e intensidade que inebriava a alma com um cheiro único que entrelaçava o corpo com os braços fortes e pegadas enlouquecedoras; que despertava desejos ocultos e a possibilidade de concretizá-los; que enchia o coração de amor, de vontade de tê-lo sempre por perto.
Envolvia com seu jeito encantador, mostrando-lhe o quanto a vida poderia ser boa ao seu lado, mas, que precisaria dividi-lo e não precisaria exigir que este despretensioso amor lhe tomasse em seus braços de forma única e decidida, pois não era capaz de amar-lhe com tanta entrega e intensidade.
Aquilo que parecia um sonho próximo a realidade transformou-se em escudos, em barreiras intransponíveis impedindo toda e qualquer possibilidade deste amor se tornar um só.
Eita coração aflito!
Dividido entre dois mundos totalmente diferentes, porém parecidos na forma de amar e aquelas lágrimas que não caíram para aliviar o tal coração apertado foram derramadas inúmeras vezes, sem ao menos ter aquele ombro amigo para enxugá-las, pois era exatamente o provocador de tamanha dor, ou melhor, de uma nova dor o tempo demonstrou a esse coração que o destino se encarregou de afastar, de aproximar, de mostrar direcionamentos que ambos não foram capazes de enxergar no momento certo.
E que quando tudo parecida perdido, o tal ombro amigo revelou tudo aquilo que precisava ser dito e feito num momento intempestivo, sem permitir o uso da razão, pois a emoção seria mais uma vez, o obstáculo para o enlace final.
Fato é que o tempo se encarregou de mostrar ao coração de que amor como esse jamais irá encontrar, que a distância alimenta a alma e acalenta o peito quando a saudade vem.
Que os desejos ocultos, precisam ficar guardados num pequeno baú, trancado a sete chaves de modo, que nem mesmo o mais curioso dos homens poderia saber de todo o mistério contido ali, e que somente os cúmplices deste amor poderiam revelá-los.
Que muitas vezes é preciso abrir mão de um amor para continuar ou encontrar outros.
Que as projeções de nossas vontades, se tornam frustrantes quando o outro não as atende.
Eita coração aflito!
Apaixonado que mesmo depois de tanto tempo, tantos tropeços não aprende a parar de sofrer, ou melhor, aprendeu sim, a buscar meios de se proteger, fechando os olhos e controlando a dor, pois por sua culpa abriu espaço para novas conquistas, talvez, não num banquinho de praça, mas quem sabe, sendo apresentada ao “Tazz”.
O acalento, é que quando o coração aflito encontra a sua paixão, o tempo que parece não ser favorável a eles, se apropria de um relógio que marca segundos, minutos e horas suficientes para uma entrega de amor, uma entrega que somente coração e paixão sabem o quanto custa cada segundo desperdiçado e que em exatamente treze anos foram sendo construídos o alicerce para que as adversidades não fossem suficientes para destruí-los de forma tão banal.

Trata-se então, de uma bela história de amor que é impossível ter clareza, se as escolhas oferecidas pelo destino foram certas ou erradas, mas, o amor permanece e enquanto ele tiver forças estarão os amantes envolvidos, balbuciando palavras bonitas que tocam a alma, pedindo a Deus que os permita amar por outros “trezes” anos e quiçá pela vida inteira.

Paixão e Coração

Nas minhas frequentadas nos botecos, gosto de ouvir os papos, desde os que participo até aqueles mais distantes, pois como dizem, costumo por minha “orelha” no ombro dos outros, só para ouvir as conversas.
Sem ter muito que fazer tomando umas e outras com amigos, passei a ouvir o papo de um também “botequeiro” que dizia palavras soltas, outras vezes sem nexo, porém com propriedades
Ouvi que em algum lugar, alguém lhe espera.
É pura verdade!
Você já se imaginou, andando sozinho, chutando latas e depois, ao levantar os olhos, tem alguém lhe olhando, lhe admirando e lhe esperando?
Você sai sem pretensões alguma de casa, vai a uma reunião, por exemplo, e ao chegar lá, depara com uma coisinha pequena, linda, charmosa, maravilhosa que faz seus olhos brilharem.
Há quem diga que acontece.
Você conhece a pessoa, vê nela sua alma gêmea e “puft” sua alma gêmea surgiu.
Olha pra pessoa e em tom de brincadeira lhe diz que ela foi radical, apenas por ter trocado a cor de suas unhas.
Passa a olhar a pessoa como sua alma gêmea, com carinho e ternura.
Em noite de luar, uma praça é o local de encontro e após deitadinha no colo, carinho nos cabelos e disputa de altura, rouba um beijo da cidadã, que fofo.
O cara passa a admirar uma pessoazinha ao ponto de sentir sua falta todos os dias, adorar ouvir sua voz, ganhar e dar chamegos.
Passam anos e ambos estão juntos – pelo menos foi o que entendi – entre um gole e outro de cerveja.
Já encararam turbilhões, brigas, guerras, intrigas e toda a sorte de destemperos da vida.
Muitas vezes, se cumprimentam com os olhares, um sabendo o que o outro quer, sem precisar falar nenhuma palavra.
É um lanchinho pra lá, uma lembrancinha pra cá e sempre privilegiando, ambos o respeito pelos profissionais que são.
Dizia o quase “bebum”, que seus olhos brilham ao falar de sua amada, sua voz engasga ao sentir sua presença e seu sangue esquenta ao sentir seu corpo roçando no seu.
Tem tara, amor, rebeldia, carinho, ternura, bondade, benevolência, sacanagem pura seus encontros.
De tudo isso nasceu um rebentinho, que quando seu nome é citado, quer seja sobre escola, futebol, brincadeira ou família, ambos ficam “inchados” parecendo uns baiacus e seus olhos marejam.
Pura bondade de ambos.
Cada vez que eu ouvia o relato do “contador de causo” – acho que era um causo mesmo – eu mais me interessava pelo relato de sua estória ou poderia ser até mesmo história.
Por vezes ela pediu para ele “tomá-la” e ele disse que não tinha coragem de jogar tudo para o alto e ficar som cus amada.
Senti muita pena daquele cara que, sorrindo e chorando estava contando sua vida, abrindo seu coração para um amigo de bar.
Vi tristeza no coração daquele que, hoje poderia estar contando uma saga de sua vida, vivida com intensidade e muito amor.
Pelo que entendi, são duas crianças, de coração, que se amam demais.
Pelo que vi, é um coração repleto de paixão.
Pelo que deduzi, não podem ficar juntos eternamente.
Vi naquele relato a saga do filme “O feitiço de Áquila” no qual o Bispo de Áquila, interpretado por John Wood, ao saber que sua amada, a bela Isabeau, papel brilhantemente vivido por Michelle Pfeiffer, está apaixonada por Etienne Navarre coroado por Rutger Hauer, um cavaleiro.
Áquila fica possuído de raiva e ciúme e lança uma maldição sobre o casal que jamais poderiam estar juntos, pois durante o dia ela sempre será um falcão e de noite Navarre se tornaria um lobo, sendo que desta forma fica o casal impedido de se entregar um ao outro.
Sempre próximos, porém nunca juntos.
Espero que, como na fantasia, eles possam ter um aliado como Phillipe Gaston, vivido na estória por Matthew Broderick, mais conhecido como Rato que lhes ajude a mudar suas vidas, e ao fim, possam estar juntos, eternamente.


Canalhas também envelhecem

Hoje minha opinião é sobre as canalhices de algumas pessoas que se dizem idosas, e teoricamente, acima de qualquer suspeita.
Tive o prazer e receber amigos no meu rancho no domingo passado.
Também tive o desprazer de receber uma figura desprovida de qualquer senso ético.
Rui Barbosa foi muito feliz quando pronunciou a célebre frase “os canalhas também envelhecem”.
Pura verdade no momento em que recebo uma senhora no seio de minha família, teoricamente acima de qualquer suspeita.
A dita senhora, depois de comer, beber, divertir-se, fazer a feira com as frutas do ambiente, como um vil escorpião, injetou sua peçonha na mão de quem a recebeu com muito carinho, educação e acima de tudo, respeito pela idade.
A pessoa utiliza-se de meus sórdidos para burlar a confiança de quem a recebeu na sua casa e depois comete um ato tão sórdido que é roubar um pequeno cachorro e, como uma serpente sorrateira, espreitando-se por lamaçais, vai embora sem sequer desejar uma boa tarde.
Um pequeno cachorro que, nos dias de hoje, não tem qualquer valor comercial.
Embora sendo um cão da raça Pit Bull, era criado como um dos inúmeros vira-latas que gosto de ter como criação e até mesmo como amigos no recinto.
Pouco vale um cachorrinho de três meses. Digo em relação a valor venal, porém vale muito quando falo em valor sentimental.
Foi o único que fiquei de uma ninhada de dez que minha cadela Lara teve.
Ele me adotou, pois ficava mordendo meus dedos e latindo quando eu chegava perto da pia ou da geladeira, como a pedir comida.
O poeta paraibano Augusto dos Anjos, foi feliz por demais, quando escrevem “versos íntimos” e eu, peço vênia para citar a parte de que “a mão que afaga é a mesma que apedreja”, pois foi assim mesmo que aconteceu.
A mão que estendi para receber tão cândida senhora foi a mesma que recebeu a peçonha do escorpião.
Pensei inúmeras maldades no decorrer da noite que passei em claro.
Não em claro por causa do furto de um cachorro e sim pelo furto do cachorro que tinha me escolhido como dono.
Pensei em mandar aplicar-lhe uma surra, dar uns safanões eu mesmo ou até outras maldades impublicáveis.
Como o travesseiro é ótimo conselheiro, resolvi apenas fazer um desabafo no presente escrito, não mais desejando ou fazendo qualquer maldade física ou psicológica contra a dita pessoa.
Espero que ela cuide bem de meu cachorro.
Espero que ele a trate bem, cuidando de sua casa e de seus pertences materiais, visto que éticos acredito que a mesma não os possuir.
E é a mais pura verdade: “não devemos julgar o ser humano pelos seus cabelos grisalhos, pois os canalhas também envelhecem”.
Espero que um dia, sem saber ele não venha a cobrar um preço muito alto da dita senhora.
Espero que, no futuro, ele não venha a morder a mão que o alimenta.


A Indonésia é aqui

A comunidade dos direitos humanos esta chocada com a execução, por fuzilamento, do brasileiro Marcos Acher Cardoso Moreira, de 53 anos.
Estou ouvindo e lendo críticas aos métodos utilizados pela Indonésia no tocante a tráfico de drogas, que levou ao pelotão de fuzilamento um grupo de seis pessoas no domingo passado – sábado aqui no Brasil, dentre eles um nosso compatriota.
Entendo que qualquer tipo de violência contra a vida – violência para nós brasileiros –, pois no país onde houve a execução é normal, para o tipo de crime praticado, que é, no caso, o tráfico de drogas.
Ouvi nos noticiários que houve um desrespeito com a vida humana, desrespeito com o brasileiro, que não foi atendido o pedido da Presidente Dilma Rousseff, e outras bobagens mais.
Digo bobagens, pois, dentro do Direito internacional, devemos respeitar as leis impostas por cada nação, sem que possamos, de forma legal, interferir nela.
Se na indonésia o crime de tráfico de drogas e punível com a morte, paciência, foi um compatriota nosso mais a lei deve ser respeitada, sem qualquer interferência de outras nações.
O pedido da presidente para o embaixador do Brasil na Indonésia voltar, se trata de apenas formalidade diplomática, sem qualquer força de imposição ou interferência nas leis daquele país.
Não houve qualquer ilegalidade no que foi imposto ao brasileiro, analisando pelo prisma da legislação pátria da Indonésia.
Além do brasileiro, também morreram três estrangeiros e uma mulher indonésia.
Eles aplicam a pena máxima de sua legislação em compatriotas, imaginem em estrangeiros.
Sabemos que existe mais um brasileiro no corredor da morte pelas bandas de lá, Rodrigo Muxfeldt, que poderá, se o presidente indonésio Joko Widodo, não ouvir os apelos que estão sendo feito pela comunidade internacional, ser executado no próximo mês de fevereiro.
A pena capital não é exclusividade da Indonésia. Temos também em outros países democráticos, como exemplo aos Estados Unidos da América e em países não democráticos aí pelo mundo a fora e não vi até hoje, tanta comoção pela morte de pessoas como no caso em tela.
Bem próximo ao Brasil, no nosso vizinho de continente, Cuba, sabemos de execuções a torto e a direita, nos famigerados paredões e nunca vi qualquer crítica, pelo menos até hoje.
Na indonésia, por tráfico de drogas, foi executado apenas um brasileiro.
Aqui, também pelo tráfico de drogas, morrem vários brasileiros todos os dias e ninguém, dos direitos humanos aparecem para fazer qualquer crítica ou apelo.
No Brasil, também temos corredor da morte, como vimos nos últimos dias na Indonésia. São nos corredores dos hospitais que estão condenados à morte, muitos brasileiros sem que qualquer “otoridade” apareça para criticar ou pedir clemência.
Temos ainda os corredores da morte, aqui no Brasil, nas escolas onde crianças são alimentadas com valores ínfimos, apenas centavos, tendo que professores, diretores, orientadores e todos os profissionais das escolas fazerem mágica para poder alimentar os brasileirinhos.
Temos corredor da morte, no momento em que bandidos, acobertados por leis fracas e legisladores benevolentes, invadem lares, chamando todos de safados, vagabundos e outras palavras de seus vastos repertórios, humilhando pais e mães de família, estuprando as mulheres, atirando na cabeça de crianças e por fim “o direito dos manos” apenas questionam o tratamento cruel e degradantes, isto se forem presos – que no caso de prisões, são fatos raros.
Temos corredor da morte sim, quando pais de família são obrigados a suprir seus lares com o maldito salário mínimo.
Temos corredor da morte sim, quando relegamos a infância de cidadãozinhos a viverem por sua própria sorte, como pedintes e semáforos e nas calçadas de todas as cidades.
E que ninguém se engane, principalmente as autoridades brasileiras e os defensores de plantão dos direitos humanos, que, se houver uma consulta popular, através de um plebiscito no Brasil, propondo a pena de morte ela  terá a aprovação de mais da metade do povo brasileiro.
Estou chocado sim com a morte do brasileiro, ocorrida na Indonésia pelo pelotão de fuzilamento, porém, também estou indignado com a morte de muitos brasileiros, dentro de seu próprio país, relegados ao descaso da educação, da saúde e dos direitos humanos.
Dura Lex, sed Lex.